Mostra Conversa de Atelier de Evandro Carlos Jardim

 

Mostra comemorativa da produção do artista nos últimos trinta anos. A Graphias se transforma num ateliê intimista onde são apresentados seus portfólios, desenhos e têmperas.

Curadoria de Evandro Carlos Jardim.

Cada imagem é um objeto poético, uma memória, um retorno, uma reflexão.

Evandro aborda, na temática de suas gravuras, suas constantes anotações, que retoma, refaz, recompõe, acrescentando um elemento novo em cada imagem ao alterá-la e ao mesmo tempo deslocando-a; e nessa reformulação sintática, concedendo-lhe um novo significado.

Anotações em cadernos surgem como uma complementação auxiliar para formular a resolução da chegada à realidade visível. O texto ajuda o artista como se ocorressem diferentes níveis de representação, o da linguagem escrita e o da linguagem gráfica.

“Não se visa mostrar de maneira linear ou retrospectiva o percurso de Evandro Carlos Jardim, e sim, antes, revelar o perfil de sua trajetória circular, que retorna sobre si própria, constantemente. E que encerra, nesses regressos, a chave de sua poética particular”.

Fragmentos do texto “Conversação com Evandro Carlos Jardim: imagens revisitadas”

por Aracy Amaral

Livro: “

O desenho estampado a obra gráfica de

Evandro Carlos Jardim”

Biografia: Evandro Carlos Jardim – Currículo no Itaú Cultural

 

Evandro Carlos Frascá Poyares Jardim (São Paulo SP 1935). Gravador, desenhista, pintor. Em 1953, ingressa na Escola de Belas Artes de São Paulo, onde estuda pintura com Theodoro Braga (1872-1953), Antonio Paim Vieira (1895-1988) e Joaquim da Rocha Ferreira (1900-1965), além de modelagem e escultura com Vicente Larocca (1892-1964). Entre 1956 e 1957, estuda gravura em metal com Francesc Domingo Segura (1893-1974). Especializa-se em gravura em metal, na técnica da água-forte. Paralelamente à carreira artística, desenvolve intensa atividade docente em várias instituições, como a Escola de Belas Artes, a Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e a Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Durante o regime militar, promove leilões de obras suas para ajudar os familiares de presos políticos e colabora com o movimento pela anistia política. Em sua produção gráfica, enfoca constantemente o cenário urbano de São Paulo. O artista, que revela extremo cuidado técnico na execução de suas obras, reelabora constantemente certas imagens, como a do Pico do Jaraguá, além de representações de pássaros, frutos, janelas ou de um cavalo morto.

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